Brasil 247
– O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), rejeitou
nesta terça-feira a tese do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Joaquim Barbosa, de que houve esquema de compra de votos de
parlamentares durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Os argumentos
foram apresentados pelo relator da Ação Penal 470 na sessão desta
segunda-feira, no dia em que iniciou seu voto sobre o chamado "núcleo
político" do acusação.
Para o deputado, os argumentos do ministro da Corte Suprema não passam
de uma "grande falácia", ressaltando que "não houve pagamentos mensais
aos deputados do PT". "Me chamou muita atenção o fato de voltar essa
tese com muita força do mensalão. Eu, por exemplo, acho isso uma grande
falácia", disse Marco Maia. Sobre a expectativa do julgamento, o
deputado disse não haver "expectativa nenhuma". Depois, disse que "a
expectativa é que se faça um julgamento mais justo possível".
Sobre o argumento de Barbosa em relação a votações a favor do governo,
por parlamentares da base, Maia disse que "eles não tinham nenhuma
necessidade de votarem com o governo. Há uma tentativa de se reforçar e
reafirmar uma coisa que não é verdadeira, que não condiz com a
realidade". Maia também chamou de "grande absurdo" a reportagem da
revista Veja que acusa Lula de chefiar o esquema do "mensalão". Para
ele, "não há nenhum envolvimento do presidente Lula".
Barbosa comparou datas, na sessão de ontem, de pagamentos realizados a
parlamentares e votações favoráveis ao governo, sugerindo que um fato
viesse em decorrência do outro. A defesa comum dos parlamentares é de
que eles voltavam pelas aprovações porque pertenciam à base de apoio e
não porque eram comprados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”