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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Russomanno começa a mostrar a sua verdadeira face

Russomanno se irrita durante entrevista à TV Globo

Líder nas pesquisas em São Paulo, o candidato Celso Russomanno se irrita durante entrevista à TV Globo (PRB) se irritou nesta quinta-feira 20 durante entrevista ao jornal SPTV, da TV Globo. Russomano passou metade dos oito minutos do programa respondendo a perguntas sobre sua relação com a Igreja Universal do Reino de Deus.

Russomanno, durante entrevista à TV Globo. Foto: Reprodução

“Posso te pedir um favor? Vamos falar de São Paulo? Vamos parar de falar de religião, que isso não leva a nada. Por respeito aos eleitores, vamos falar dos problemas da cidade”, disse o candidato ao apresentador César Tralli.

Era a terceira pergunta do jornalista sobre as convicções religiosas do candidato. A primeira, sobre se ele, caso eleito, governaria São Paulo conforme os preceitos da Universal, igreja à qual pertence parte da cúpula do PRB e da coordenação de sua campanha. A segunda, sobre a suspeita de que colaboradores da Universal estariam usando a estrutura da igreja para fazer campanha. A última, que levou o postulante a perder a paciência, era relacionada ao fato de ser apoiado por evangélicos e se declarar católico.

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Russomanno reagiu dizendo que São Paulo tinha problemas mais graves a serem discutidos. “A saúde, por exemplo, está abandonada”.

Tralli interrompeu o convidado com o argumento de que era interessante ao eleitorado saber o histórico e aliados do candidato. “Posso terminar?”, rebateu Russomanno. “Isso é uma entrevista, não um programa eleitoral”, retrucou Tralli.

O assunto “religião” foi encerrado com outra pergunta incômoda ao candidato, acerca de uma ação trabalhista movida por uma ex-funcionária. Ela alega, na Justiça, ter sido paga com recursos públicos quando ele era deputado (ela seria funcionária fantasma da Câmara).

O jornalista perguntou se o pagamento de 120 mil no acordo trabalhista era uma confissão de culpa.

Russomanno se irritou novamente. Disse que a ação já estava julgada e que as acusações não foram provadas. “Eu paguei porque foi feito um acordo em juízo. Ela trabalhou 14 anos comigo e tenho o maior respeito por ela.”

Sobre as acusações, sugeriu que eram invenções do advogado da ex-funcionária. “Numa ação trabalhista se escreve de tudo. O advogado pode escrever o que quiser”, disse, sem esconder a irritação.

Foi o segundo bate-boca público protagonizado pelo candidato desde que se tornou líder das pesquisas de intenção de voto em São Paulo. O primeiro aconteceu durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, quando ele já havia se irritado com as perguntas relacionadas ao seu histórico e as ligações de seu partido com a Igreja Universal.

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