O
candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), se
afastou nesta quarta-feira 10 do apoio do pastor Silas Malafaia,
presidente Assembleia de Deus do Ministério Vitória em Cristo, a sua
campanha. Malafaia, que atua no Rio de Janeiro, decidiu interferir na
campanha de São Paulo para combater o candidato do PT, Fernando Haddad,
por condenar o chamado “kit gay” que o Ministério da Educação cogitou
lançar sob a gestão do petista.
“Não vou
ficar repercutindo bobagens. Eu não assumi nenhum tipo de compromisso
com o pastor Malafaia”, disse Serra segundo portal UOL durante um evento
em Pirituba, zona oeste de São Paulo. “Ele me apoia, não pedi nada em
troca. Várias coisas que ele coloca não são pauta da minha campanha”,
afirmou o tucano.
Na
terça-feira 9, Malafaia, conhecido por suas declarações homofóbicas,
disse que iria “arrebentar” Haddad por conta do “kit gay”. Em agosto, o
líder evangélico já havia afirmado que “a comunidade (evangélica), os
líderes” não iriam “dar refresco a Haddad”. “Vamos cair em cima dele”,
afirmou Malafaia.
A
rejeição de Malafaia à Haddad se deve ao material contra a homofobia que
seria distribuído em escolas durante a gestão do petista no ministério
da Educação. O material foi criticado por grupos conservadores e
apelidado de kit-gay. Diante da pressão, o governo desistiu de
distribui-lo.
Em 2006,
Malafia foi responsável por uma manifestação diante do Congresso
Nacional contra a lei criminalizadora da homofobia. Na ocasião o pastor
afirmou que relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo são a porta de
entrada para a pedofilia. “Deveriam descer o porrete nesses
homossexuais”, decretou, certa vez, em seu programa de tevê em rede
nacional — ele alega que a frase tinha sentido figurado.
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