Do alto de um palanque em um ginásio poliesportivo em Belo Horizonte, onde discursou para a militância petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite desta quinta-feira (18) que vai voltar a viajar o país por conta das eleições municipais.
"Se preparem porque vai ter eleição no ano que vem, e eu vou começar a viajar o Brasil para fazer campanha. Eu apenas deixei a Presidência, mas não deixei a política, não deixei o meu partido e quero ainda contribuir, porque apenas começamos a mudar o Brasil, ainda falta muita coisa para fazer", disse.
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Lula acrescentou que quer também ajudar a presidente Dilma Rousseff "a cumprir cada compromisso que ela assumiu durante a campanha".
O ex-presidente já tem viajado o país e o exterior para homenagens e também para fazer palestras. Depois que deixou o governo, em 1º de janeiro, viajou pela segunda vez a Minas.
Na sexta-feira (19) ele vai a Araçuaí, no interior de Minas, para participar da formatura de uma turma de uma instituição de ensino federal. Foi uma promessa que ele fez quando era presidente.
Sobre suas viagens para o exterior, ele disse que já fez 22 visitas a outros países e que fará mais 23 até novembro.
PROFESSORES
Lula discursou durante 42 minutos e falou, principalmente, das realizações dos seus oito anos de governo.
O petista aproveitou a militância para mais uma vez criticar o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), por conta da greve dos professores da rede estadual, que completará 72 dias de paralisação na sexta-feira. Mais cedo, em outro compromisso, ele já tinha tocado no assunto.
"É uma vergonha alguém dizer que não pode pagar o piso de R$ 1.100 de um professor. A gente pode até provar que não tem dinheiro e não pagar. Mas não fazer o esforço para reconhecer o valor que tem uma professora...", disse.
Lula informou que se reuniu na quinta-feira com a coordenadora do Sind-UTE (o sindicato dos professores estaduais), Beatriz Alvarenga, e prometeu ajudar. Recentemente, professores de outros Estados fizeram um dia de paralisação para protestar pelo pagamento do piso salarial nacional, estabelecido por lei federal há três anos.
"Vamos ver no que a gente pode ajudar, conversar com os governadores e resolver definitivamente esse negócio do piso salarial dos professores", afirmou Lula.
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