O perigo da crise financeira não está no Brasil. A avaliação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva concedida à imprensa após reunião de coordenação com a presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (8/8). O ministro informou que a reunião girou em torno da avaliação da situação econômica internacional.
“O Brasil não está no epicentro da crise. Haverá consequências, mas serão minimizadas. Nossa vantagem é o mercado interno forte. Além disso, temos reserva fiscal, monetária e instrumentos para controlar o câmbio. Se faltar crédito no mercado interno, armamento não falta”, assegurou Mantega.
O ministro comentou também a queda das principais bolsas de valores do mundo, decorrente do agravamento da crise econômica global. “Há uma fuga para a segurança”, explicou. Isso significa que os investidores tiram as aplicações das bolsas de valores e passam a investir em dólar, por exemplo.
Outro fator de nervosismo nos mercados, segundo Mantega, foi o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Standart & Poor’s. Na percepção do ministro, houve “forçação de barra” em relação à medida.
“A moeda americana continua sólida, confio na solidez. Mas eles [os americanos] têm, sim, que resolver os problemas que impedem a recuperação econômica. Quando a economia patina, a dívida cresce e o desemprego continua”.
Sobre a União Europeia, na avaliação do ministro, os problemas estão demorando a ser resolvidos. “Houve agravamento da crise; cada vez fica pior. Os europeus têm que se apressar, parar de bater cabeça e dar solução mais forte para as dívidas”.
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