Até que é não de se jogar fora a ideia do senador Reditario Cassol (PP-RO). Ele defende a adoção de chicotadas para presos que se recusarem a trabalhar nos presídios e o fim do auxílio-reclusão para os condenados.
A sociedade organizada imediatamente se opôs ao nobre parlamentar, como se a sugestão fosse completamente esdrúxula e descabida. Calma, gente. Vamos negociar.
Eu tenho uma proposta irrecusável. Sugiro que essas medidas sejam colocadas em caráter experimental primeiramente no Congresso. Se der certo, estendemos a outros lugares frequentados por ladrões e bandidos. Entenderam? Não é bem razoável?
Instalaríamos um pelourinho em frente à Praça dos Três Poderes. Para lá seriam arrastados os deputados e senadores que se recusassem a cumprir com sua obrigação de participar das sessões. Receberiam dez chicotadas por cada dia de ausência não justificada.
E, claro, não teriam direito ao auxílio que a população brasileira generosamente lhes paga todo mês. Tem quem trabalhar! Essa verba economizada ficaria destinada à compra de guilhotinas a serem implantadas na fase seguinte dessa experiência civilizatória.
Que tal? Esse projeto-piloto duraria no máxima uns 15 anos, período que imagino suficiente para sabermos de sua eficácia. Nesse meio tempo, enquanto o modelo disciplinar fosse simultaneamente instalado em assembleias legislativas e câmaras municipais, poderíamos testar novas medidas do mesmo teor.
Cortar as mãos de políticos corruptos, por exemplo. Empalar os que se envolvessem com tráfico de drogas e outros crimes hediondos. Apedrejar os que praticarem adultério, principalmente com jornalistas. Só métodos já consagrados na Idade Média.
E por aí iríamos. É só uma sugestão, repito. Sem compromisso. Nem toda ideia tem que ser plenamente descartada só porque veio de um senador maluco, ignorante e sádico.
Marco Antonio Araujo
No O Provocador
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”